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domingo, 28 de dezembro de 2014

Eugenia

Oi... Gênia!

De uma lamparina pretérita
Com vapores de nuvens sonhadas
Saíste tateando os sonhos 
arrastando um baú de desejos 
que não eram somente teus 
Mas dos dedos da humanidade 
Que lustram  a lamparina 

O amor quedou doente?
Se foi nas brumas do tempo?
Não! Esqueci da delicadeza
De lustrar a lâmpada dos seus desejos

Semente, flor e algodão 
O tempo nos legou a nossa menina 
Ruiva, livre e traquina 
Uma graça de mulher

Nesse dia
Lustro a lamparina 
Com mãos encardidas pelo tempo
Com rugas do aprender
Elas depõem e expoem:
O encanto de uma prece
Um carinho oceânico 
Um amor das brisas do amanhecer
Esse é o meu desejo
Seja feliz, Gênia menina

Ivan Bezerra de Sant Anna