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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Blues

Um blues expressivo, sem filigranas, baseado na expressão profunda de uma nota que antecede a outra, movidas por dedos firmes e ágeis que acariciavam as cordas da sua Gibson.

B B King e o blues, formou um casal indissolúvel que "nem a morte separa". Aliás, nesse momento, ela o homenageia com o toque da finitude, o limite que abre as portas da transcendência, uma tensão dialética sempre vivida, mas pouco compreendida. Como um músico mágico, King sabia que todos os dias, morria e renascia, retornava para encarar a dor imemorial e reescrevia em notas em revoadas, os sons promessas do crepúsculo rubro. Não é essa a magia do blues, um banzo soprado da África, a dor da saudade, pontuada pelo impulso mágico da vida clorofila, do "verde que te quero verde"?

Um bom caminho, camarada.


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