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quinta-feira, 11 de julho de 2013


Quero somente entender....

Não foi Lula quem processou a maior terceirização da história da Petrobrás, enchendo-a de empresas privadas? Não foi a Dilma quem ordenou o edital de licitação para exploração do petróleo por empresas multinacionais?

Não foi o Lula quem ordenou "empréstimos" volumosos do BNDES para as grandes empresas de amigos e para o seu próprio filho?

Não foi o Lula quem retirou os recursos financeiros da escola pública, repassando-os para as empresas privadas de educação, através do PROUNE?

Sarney, Collor, Renan, Jader Barbalho, Maluf, não são aliados de Lula e Dilma?

Alguém tem alguma dúvida que Lula montou e comandou a quadrilha da mensalão?

Se as indagações acima efetuadas são afirmativas, com que propósito, Dilma e lula, fabricaram essa greve geral? Arrependimento tardio ou muito cinismo?

Não nego que as reivindicações dos sindicalistas na manifestação do dia 11 são de muita importância para o avanço social, no entanto, houve um esquecimento trágico: a luta contra a corrupção e a reforma do Judiciário. Sem uma remodelação na Constituição, efetuada por uma assembléia constituinte, nada vai mudar!

Por que a bandeira contra a corrupção não foi hasteada na manifestação? Um assunto muito sensível e polemico ou iria incomodar ao Lula, Sarney, Maluf e outros? Era pedir demais a essas Centrais Sindicais que têm em Lula, um símbolo maior. Seria uma situação um tanto esquizofrênica, reconheço, uma pessoa ser e não ser uma coisa ao mesmo tempo. "Ser ou não ser, eis a questão", um clássico dilema baseado em uma coerência lógica e que nem a dialética ébria e distorcida do Lula é capaz de violar.

Pelas informações que recebemos, a manifestação teve uma medíocre adesão popular. Não era para menos. Dez anos de omissão e desmobilização sindical, devido ao atrelamento das Centrais ao Governo, não se recupera em um dia. O viço, a força, a combatividade do movimento sindical se perdeu nas brumas do passado, na época em que Lula mostrava os dentes aos patrões. Durante os anos do governo Lula, a imobilidade e a manutenção do poder foi a tônica dominante, com os dirigentes dessas entidades evitando filiar para não terem surpresas eleitorais. Para que filiar se existe a contribuição obrigatória? Na Itália, França, Inglaterra e os demais países europeus, os sindicatos plurais têm que filiar para terem recursos financeiros. No Brasil, vige ainda o modelo corporativo da Carta di Lavouro de Benito Mussulini, copiada por Lindolfo Collor.

Se essa manifestação tinha como objetivo por freios nas atividades conspirativas da Direita troglodita, os resultados mostraram mais fragilidades que virtudes. Não seria melhor que as Centrais e outras entidades se inserissem em manifestações mais amplas, almejando propagar as bandeiras de luta das categorias, deixando de lado esses paradigmas ultrapassados de "grande condutor das massas"? A hegemonia se conquista por uma nova praxis educativa e persuasiva e não com pretensões petulantes dos sacerdotes rubros, pois isso homenageia Platão, humilhando o marxismo e a dialética.

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