Foi melhor, Tonho Leite. Somente um caranguejo elétrico era capaz de morar nesse lodo nogento que era o Precaju. O verdadeiro carangueijo gosta do mangue carnavalesco, local animado pela vida plural e ritmado pelas variadas músicas e ritmos, em um regojizo das constantes inversões, tal qual um arbusto que respira pelas raízes, quer sonhar diferente, mas árvore ele é. É, caro amigo: "caranguejo não é peixe/ caranguejo peixe é/ caranguejo só é peixe na vazante da maré".
O mangue está morrendo e seu amor ecológico é um tanto estranho, pois é mais fácil ganhar na Mega Sena do que vê-lo em uma manifestação ecológica. Aliás, não entendi bem a sua proposta da criação de um museu do cangaço, na época da campanha eleitoral. Que tem a ver, cangaço com ecologia? Afinal, você é um "verde ecológico" ou um cultuador de Lampião? Ah, desculpe minha falta de memória: você é um ator! Não é um Marlon Brando, mas nessa terrinha de Del Rey, dá para o gasto, né? Por que, levando-se em conta sua plasticidade interpretativa, no verdadeiro período carnavalesco, não coloca seu bloco na rua? Afinal, não tocava as verdadeiras musicas carnavalescas quando estava ilhado por um oceano de Axé? Fica a dica.
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