Pesquisar este blog

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Eles sabiam....

Eles sabiam...



Eles sabiam que o Des. Favreto era petista, devia grandes favores ao Dirceu, um militante sem brilho, um homem-bomba para um explosão estrelar.

Eles sabiam que a decisão do crente da Meca lulista era manifestadamente nula, irresponsável, ausente de competência funcional, uma afronta aos valores da hierarquia estrutural do Judiciário, pois uma decisão monocrática não pode subjugar uma decisão de um colegiado.

Eles sabiam da existência do velho arquétipo do “você sabe com quem está falando?”, elitista, autoritário, individualista, que permeia as mentes da maioria dos juízes, demonstrado por inúmeras decisões judiciais que constroem “legislações” que afrontam a Constituição e o sistema normativo, exemplificado nas declarações canhestras dos senhores Marco Aurélio e Gilmar Mendes de que tudo podem e são supremos. Assim, mesmo cheio das boas intenções, mas ainda impregnado pela vaidade do juiz-rei, o Sr. Moro morderia a isca.

Eles sabiam que Lula jamais seria solto - pelo menos, nesse momento eleitoral -, pois para o conglomerado de empresas e políticos de diversos partidos que saquearam a nação, o ex-presidente é carta fora do baralho, já deu o que tinha para dar.

Eles sabiam que não existe luta ideológica alguma, que as bandeiras são simulações enganosas, que não há esquerda ou direita, que aqui não existe a Democracia como valor universal centrada no cidadão e intermediada por Partidos fortes, mas, concretamente, uma representação corporativa-protofascista baseada em   bancadas evangélicas, ruralista e outras tantas. Uma constituição que desiguala eleitores por regiões, permite a censura da justiça eleitoral, cria ilhas de privilégios com foros privilegiados, não é uma Carta Magna de uma República, mas uma herança das Ordenações portuguesas imperiais, e isso eles sabiam.

Eles sabiam que o Lula, o Zé Dirceu, nunca foram os senhores, mas, no máximo, plantonistas das trevas. Os verdadeiros senhores fazem parte de um grupo muito seleto, denominado de Irmandade, um conglomerado de grandes empresas de variadas atividades, mas unidas com uma finalidade maior: dominar o Estado e usar o dinheiro público para o benefício do agrupamento criminoso.

Eles sabiam que a guerra que se desenvolve nas instituições judiciais não é ideológica, mas uma briga de quadrilha, e que o ex-presidente não é comunista nem preso político, mas um arguto e matreiro criminoso. No entanto, nada melhor do que acusá-lo de comunista, pois com uma cajadada só, ressurgem o velho anticomunismo e desmoralizam as autenticas bandeiras libertárias da esquerda.

Eles sabiam. Os “aiatolás” sempre souberam! E qual foi o verdadeiro objetivo a ser alcançado pelo teatrinho do “solta Lula”? Reflitam, leitores, pois os caminhos dos Senhores e adoradores do Bezerro de Ouro são encobertados pelo manto do mistério, desígnios que a vã consciência não alcança.

Ivan Bezerra de Sant’ Anna




Publicado no site http://www.facebook.com/ibezerra52; http://ibezerra.xpg.com.br e no Blog http://terradonunca-ibezerra.blogspot.com/

Nenhum comentário:

Postar um comentário