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segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A palhaçada do zap-zap

A palhaçada do zap-zap

A ação impetrada pelo candidato do lulismo, o Sr. Haddad, talvez demonstre o conceito pragmático que certos “liberais” têm da Democracia. Que esse senhor deseja? Demostrar que está havendo uma ilegal influência econômica? Bom, se for isso, fica muito difícil comprovar, pois existem inúmeras empresas, pessoas, que estão investindo em seus candidatos de maneira autônoma, como é o caso dos seguidores do Sr. Haddad, que infestam as mídias sociais com propagandas de todos os tipos, inclusive os já famosos “fakes”. Para separar o joio do trigo, seria necessário uma longa investigação técnica, e, por fim, um processo de grande complexidade cognitiva por parte do judiciário. Não seria melhor investigar a famosa e histórica compras de votos, um fenômeno visto a olho nu, prática corrompedora  do processo democrático que continua elegendo inúmeros candidatos, inclusive os do PT? Mas isso seria colocar sua cabeça na guilhotina, não, Sr. Haddad?

As mentiras - lembrei-me que se continuar usando a palavra “Fake”, Ariano Suassuna vem me puxar pela perna - divulgadas na net ou em qualquer mídia tradicional, são, em países de democracia avançada, uma prática aceita, pois fazem parte de um conjunto de opinões que são direcionadas às pessoas que assumem o ônus da personalização pública, sendo extremamente difícil separar o “joio do trigo”, quase sempre ultrapassando o tênue limite entre opinião e o delito, causando graves traumas para o sagrado direito de informar e ser informado, um dos pilares maiores da Democracia liberal. Não é sem propósito  que a abundante doutrina e julgados nos países verdadeiramente democráticos irresponsabilizam as acusações dos cidadãos às pessoas investidas do húmus público por entenderem que, na área pública, a mácula sobre a honradez não se dá pelo simples fato de se expressar livremente, informando a sociedade sobre determinado ato praticado pelo agente, de forma a duvidar-se de sua honra ou probidade, mas, nas sábias palavras de Humberto Nogueira Alcalá,  "em tales casos las personas afectadas se deshonran em virtud de sus propios actos".

No entanto, todos os agrupamentos partidários, com raríssimas exceções, apesar de alguns protestarem contra a “terrível ingerência” do poder judiciário, quando se sentem atingidos, correm para os braços protetores do papai juiz, demonstrando, dessa maneira, a real concepção que eles têm da Democracia.

Se as sentenças de responsabilização penal ou civil, para esses casos, são devidamente condenadas em países de democracia avançada, imaginem o que dizem  da censura prévia efetuada pelo nosso judiciário, com o uso de interditos, cautelares e outras coisitas mais. A caneta substituiu os fuzis militares, chegando ao maior desplante de um juiz eleitoral censurar falações e publicações, sob o influxo de um amplo subjetivismo que os permitem declarar, em uma cognição sumarissima, o que é verdade ou não. E o mais inacreditável é que os juristas defensores da materialidade estendida das normas constitucionais consideram essa censura à opinião popular como um grande avanço da Constituição Cidadã, sendo que alguns deles, com vocações poéticas, dizem que a questão não é mudar a norma para dar maior perfeição ao instituto, mas ter novos olhos. Metáforas poéticas à parte, o perigo de tais declarações reside em uma simples e cristalina verdade: os olhos veem o que querem ver, inclusive as recompensas financeiras.

O que se espera é que o TSE, tão destroçado pelos interesses partidários, não permita que essa farsa oportunista do lulismo tenha relevância, entendendo que existe uma redução espontânea  dos limites da privaticidade e honra das pessoas que são dotadas de notoriedade e no exercício da atividade pública, pois sendo fatos de interesse público, ao povo é dado o seu julgamento político, sem prejuízo das ações penais que contra esses maus políticos lhes forem movidas. Essa é a lição de Carlos Alberto Bittar que preserva os valores maiores da Democracia.

Querem ouvir uma trágica piada? Esse agrupamento corrupto, composto de grandes empresas e coordenado pelo lulismo, através de suas práticas de corrupção e aparelhamento das instituições, destruíram o que restava da nossa pálida democracia, ajudando a criar o mito Bolsonaro, agora fazem frentes antifascistas contra um fascismo inexistente, e quando bate o desespero, corre ao judiciário pedindo a cassação da chapa do adversário, um pleito que considera do maior relevo democrático.

Em resumo, fascismo para o lulismo é aquele cão raivoso que rosna e mostra os dentes. No entanto, qual vocês acham o pior, o cão raivoso ou aquele cão com cara de bonzinho que, ao passar desprevenido de um incauto,  “morde de furto”?

Ivan Bezerra de Sant’ Anna

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