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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O senhor do tempo

O senhor do tempo

No mínimo, o tempo curva-se para o senhor Lula. Incrível! Tempo cronológico? Não! Um tempo mítico e torcido à sua vontade! Ao escolher o momento temporal que deseja, tal como nos filmes de viagens no tempo, ele reescreve a história segundo às suas conveniências.

Querem exemplos? Durante a Ditadura Militar, ele se manteve calado, omisso, até o começo do governo Figueiredo, preocupado em se consolidar como liderança sindical e tecendo acordos com o Gal. Golbery. Entretanto, nesse momento, ele reescreve a história, se dizendo grande democrático e inimigo da tortura.

Possivelmente, o sr. Lula nunca se preocupou com a memória e com os torturados, uma vez que inflou o seu grupo de aliados com pessoas que foram proeminentes na sustentação da Ditadura Militar, como foi o caso do seu vice-presidente, o sr. Alencar, acusado de financiar o grupo de torturadores do delegado Sergio Paranhos Fleury.

Aliás, torturas e torturados sempre foram uma constante em sua vida, um carma que lhe persegue sem lhe dar descanso, pois, segundo informações periciais, o seu ex-companheiro Celso Daniel foi barbaramente torturado antes de ser executado, e quem sabe, talvez para revelar onde estavam os documentos que comprovavam a existência de uma rede de corrupção, que, segundo as línguas bem informadas, aquela mesma que comandou o mensalão.

Nesse momento, o ventríloquo pelo seu boneco fala em Democracia, aplaudido pela grande mídia - a Rede Globo passou a ser a queridinha -, e pela mágica do tempo circular, os “golpistas” Temer, Renan e FHC agora são companheiros democráticos. Todos contra o “fascista” Bolsonaro, todos pela Democracia, mesmo que seja a Democracia mensalícia, aquela que o cachorro se disfarça e morde de furto.

Como o grande chefe, o mágico, o iluminado, faz suas magias, os seus seguidores também aprendem fazer. Então o nosso Geraldo Azevedo resolveu fazer uma viagem regressiva, uma pequena torção no tempo, e no ano de 1969 se viu torturado pelo General Mourão, aproveitando um show, resolveu divulgar essa nova criação histórica. Claro que o nosso Geraldo é um artista criativo, mas essa torção Canabis do tempo deve ter deixado o falastrão general revoltado, pois na época ele apenas tinha dezesseis aninhos, e se fazia alguma peraltice, no máximo, torturava a paciência dos seus pais.

Falando em viagem pelo tempo, isso me faz lembrar da minha infância e de um acontecimento que sempre se repetia. Naquela época existia muitos cachorros de rua, sendo que dois deles eram muito peculiares. Um deles apelidamos de Raivoso e o outro de Fuleiro. Raivoso era um cão raceado com policial, muito agressivo, e toda vez que chegávamos perto, ele rosnava, mostrava os dentes e partia para cima. Não tínhamos medo dele, pois estávamos sempre preparados para recebe-lo com pedras e paus. Já Fuleiro, esse sim, era muito perigoso, pois se fingia de bonzinho, com olhinhos tristes, mas quando devamos as costa, ele tacava a mordida e saia correndo. Fuleiro era muito fuleiro! Dessa maneira, sentimos vingados toda vez que Raivoso lhe dava umas boas mordidas, fazendo-o desaparecer por uns tempos. Um dia, a carrocinha levou Fuleiro e todos nós comemoramos, pois, até que fim, poderíamos andar na rua sem maiores preocupações. Mas, Raivoso ficou triste, muito triste, em uma depressão que fazia dó. Acho que Raivoso ficou com saudade das mordidas que dava em Fuleiro.

Essa historia sem torções fez acontecer uma explosão associativa, e como domingo é dia de eleição, sou tentado a perguntar: vocês vão votar em Raivoso, no Fuleiro, ou em nenhum?

Ivan Bezerra de Sant' Anna
 



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